AÇÕES JUDICIAIS TRIBUTÁRIAS

AÇÕES JUDICIAIS TRIBUTÁRIAS

Table of Contents

1. DEFINIÇÃO

2. EXEMPLOS

 

Ações tributárias judiciais são processos legais que envolvem questões relacionadas a impostos e tributos. Abaixo estão alguns exemplos de ações tributárias judiciais:

  1. Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária: Esta ação é utilizada quando um contribuinte contesta a existência de uma relação tributária com o fisco. Por exemplo, se uma empresa alega que não está sujeita a determinado imposto devido à natureza de suas operações.
  2. Ação Anulatória de Lançamento: Neste caso, o contribuinte contesta a validade do lançamento tributário feito pelo órgão fiscalizador. Pode ocorrer quando há discordância sobre a base de cálculo ou a alíquota aplicada.
  3. Mandado de Segurança: Esta ação é usada para proteger direitos líquidos e certos relacionados a tributos. Por exemplo, um contribuinte pode impetrar um mandado de segurança para contestar uma medida arbitrária do fisco.
  4. Ação de Repetição de Indébito: Quando um contribuinte alega que pagou um tributo indevidamente, ele pode mover uma ação de repetição de indébito para recuperar o valor pago em excesso.
  5. Ação Anulatória: Esta ação visa anular um ato administrativo ou norma tributária que o contribuinte considera ilegal ou inconstitucional.
  6. Ação de Cobrança de Tributos Indevidos: Quando o fisco cobra tributos que o contribuinte considera indevidos, este pode mover uma ação para contestar a cobrança.
  7. Ação Revisional de Tributos: Visa revisar os cálculos de tributos realizados pelo fisco para garantir que estejam corretos.
  8. Ação de Consignação em Pagamento: Quando há dúvidas sobre a quem pagar determinado tributo, o contribuinte pode depositar o valor em juízo por meio dessa ação.
  9. Ação Anulatória de Débito Fiscal: Utilizada para anular débitos fiscais considerados ilegais pelo contribuinte.

Lembre-se de que cada situação é única, e a escolha da ação tributária judicial dependerá das circunstâncias específicas do caso. É aconselhável buscar orientação de um advogado especializado em direito tributário ao enfrentar questões tributárias complexas.

3. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA

 

Esta ação é utilizada quando um contribuinte contesta a existência de uma relação tributária com o fisco. Por exemplo, se uma empresa alega que não está sujeita a determinado imposto devido à natureza de suas operações.

 

 

3.-1 Definição

 

A Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária é um tipo de ação judicial que tem como objetivo principal declarar a inexistência de uma relação jurídico-tributária entre o contribuinte e o ente público (normalmente, o Fisco ou órgão responsável pela cobrança de tributos). Essa ação é utilizada quando o contribuinte alega que não possui obrigação de pagar determinado tributo, seja porque a relação jurídica que daria origem a esse dever não existe, seja porque a legislação tributária não o inclui como contribuinte.

 

3.0 Cabimento

 

A Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária é cabível em diversos casos relacionados a questões tributárias. Abaixo estão alguns dos principais casos de cabimento dessa ação:

  1. Exigência Indevida de Tributos: Quando um contribuinte é indevidamente cobrado por tributos que não deveria pagar de acordo com a legislação vigente. Por exemplo, se alega que não se enquadra na hipótese de incidência do tributo.
  2. Imunidade Tributária: Em situações em que o contribuinte possui imunidade tributária, ou seja, está legalmente isento do pagamento de determinados tributos, mas está sendo cobrado de forma indevida.
  3. Inconstitucionalidade da Cobrança: Quando a cobrança de um tributo é considerada inconstitucional, seja por violação de preceitos constitucionais ou por decisão judicial que reconhece a inconstitucionalidade.
  4. Ausência de Fato Gerador: Quando o contribuinte alega que o fato gerador do tributo não ocorreu, ou seja, as condições necessárias para a incidência do tributo não estão presentes.
  5. Erro de Enquadramento: Casos em que o contribuinte discorda do enquadramento de sua atividade econômica para fins tributários e alega que está sendo tributado de forma incorreta.
  6. Cobrança de Taxas e Contribuições Indevidas: Quando o contribuinte é cobrado por taxas ou contribuições que não deveria pagar devido à sua situação específica.
  7. Questões de Substituição Tributária: Em situações em que o contribuinte considera indevida a sua inclusão no regime de substituição tributária.
  8. Disputas sobre Base de Cálculo: Quando há discordância sobre a base de cálculo utilizada para determinar o valor do tributo a ser pago.

É importante observar que a Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária é uma medida preventiva que visa evitar o pagamento indevido de tributos. O contribuinte deve apresentar provas documentais que sustentem sua alegação no momento da propositura da ação.

 

 

3.1 Finalidade da ação

 

Principais características e finalidades da Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária:

  1. Natureza Preventiva: Essa ação possui um caráter preventivo, pois visa evitar que o contribuinte seja obrigado a efetuar um pagamento tributário indevido.
  2. Prova Documental: Geralmente, o contribuinte deve apresentar provas documentais que sustentem sua alegação de que a relação jurídico-tributária não existe. Essas provas são pré-constituídas, ou seja, devem ser apresentadas no momento da propositura da ação.
  3. Decisão Judicial: A sentença proferida na Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária tem o poder de declarar que não existe a relação tributária alegada, isentando o contribuinte do pagamento do tributo em questão.
  4. Previsão Legal: Essa ação está prevista no ordenamento jurídico brasileiro e é regulamentada pelo Código de Processo Civil.
  5. Contribuintes: Pode ser utilizada por qualquer pessoa ou empresa que alegue não estar sujeita à obrigação tributária.

Em resumo, a Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária é um instrumento legal que permite aos contribuintes contestarem a existência de obrigações tributárias quando consideram que tais obrigações não são devidas de acordo com a legislação vigente.

 

3.2 Despesas do processo

 

As despesas judiciais de uma Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária podem variar de acordo com vários fatores, incluindo a complexidade do caso, o valor da causa e as custas judiciais vigentes no local onde a ação é movida. No entanto, algumas das despesas comuns associadas a esse tipo de ação podem incluir:

  1. Custas Judiciais: São taxas pagas ao tribunal para iniciar o processo judicial. O valor das custas judiciais varia de acordo com o tribunal e a jurisdição.
  2. Honorários Advocatícios: Caso você contrate um advogado para representá-lo na ação, será necessário pagar os honorários advocatícios, que podem ser negociados entre você e seu advogado.
  3. Perícias e Laudos Técnicos: Em alguns casos, pode ser necessário contratar peritos ou especialistas para fornecer laudos técnicos que embasem sua alegação na ação. Esses custos são de responsabilidade da parte que os contrata.
  4. Despesas com Publicações e Intimações: Você pode ser responsável por despesas relacionadas à publicação de citações e intimações em jornais oficiais ou em outros meios de comunicação, conforme exigido pelo processo.
  5. Custas de Recursos: Se uma das partes recorrer da decisão judicial, podem surgir custas adicionais relacionadas ao recurso.
  6. Taxas de Cartório: Algumas taxas de cartório podem ser aplicáveis durante o processo.
  7. Depósito Prévio: Em alguns casos, pode ser exigido um depósito prévio para cobrir custos processuais futuros.

É importante consultar um advogado ou entrar em contato com o tribunal específico onde você pretende mover a ação para obter informações detalhadas sobre as despesas judiciais específicas ao seu caso. As despesas judiciais podem variar amplamente de acordo com a localização geográfica e as particularidades do processo, portanto, é essencial obter orientação jurídica adequada para entender melhor as implicações financeiras de uma Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária.

 

 

3.3 Gratuidade de justiça

 

3.4 Legitimado ativo

 

O legitimado ativo da Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária é o contribuinte que alega que não existe uma relação jurídico-tributária entre ele e o ente tributante (União, Estado ou Município). Em outras palavras, o contribuinte que acredita que não deve pagar um tributo ou que a exigência fiscal é indevida é o legitimado ativo para propor essa ação.

O objetivo dessa ação é obter do Poder Judiciário uma declaração judicial que confirme a inexistência da relação jurídico-tributária, ou seja, que o tributo em questão não deve ser devido pelo contribuinte. Essa ação pode ser movida como medida preventiva para evitar cobranças futuras indevidas ou como uma forma de questionar a validade de uma cobrança já efetuada.

Portanto, o contribuinte que se considera indevidamente sujeito a uma relação jurídico-tributária e deseja contestá-la judicialmente é o legitimado ativo para ingressar com a Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária.

 

 

3.5 Legitimado passivo

 

O legitimado passivo da Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária é a autoridade fiscal ou o ente tributante que está exigindo o tributo em questão do contribuinte. Em outras palavras, é o órgão ou entidade governamental responsável pela cobrança do tributo que está sendo contestado na ação.

Quando um contribuinte ajuíza uma Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária, ele está questionando a validade da exigência fiscal e buscando obter uma declaração judicial de que não há uma relação jurídico-tributária válida que justifique o pagamento do tributo. Portanto, o legitimado passivo será o órgão fiscalizador ou ente tributante que emitiu a cobrança fiscal.

Em muitos casos, o legitimado passivo pode ser a Receita Federal, Secretarias da Fazenda Estaduais ou Secretarias da Fazenda Municipais, dependendo do nível de governo responsável pelo tributo em questão.

É importante observar que a legitimidade passiva na Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária é o órgão ou entidade governamental que está do lado oposto do contribuinte na disputa judicial sobre a cobrança tributária.

 

 

3.6 Provas

 

As provas necessárias para uma Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária podem variar dependendo do caso específico, mas geralmente incluem:

  1. Documentação Fiscal: Apresentar documentos fiscais, como notas fiscais, guias de recolhimento, contratos ou qualquer outra documentação relacionada à suposta relação jurídico-tributária.
  2. Comprovação de Fatos: Apresentar evidências que comprovem os fatos alegados na ação, como a ausência de fato gerador, a inexistência de relação comercial ou qualquer outro argumento que justifique a não obrigatoriedade do pagamento do tributo.
  3. Perícia Técnica: Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma perícia técnica contábil ou tributária para demonstrar que não houve o fato gerador do tributo ou que a cobrança é indevida.
  4. Documentos Contratuais: Se a ação estiver relacionada a contratos, é importante apresentar os contratos pertinentes e quaisquer outros documentos que mostrem que a relação contratual não dá origem à obrigação tributária.
  5. Jurisprudência e Doutrina: É possível utilizar jurisprudência e doutrina para fundamentar os argumentos da ação, demonstrando que o entendimento jurisprudencial ou a interpretação doutrinária apoiam a tese de inexistência da relação jurídico-tributária.
  6. Testemunhas: Em casos que envolvem disputas de fatos, testemunhas podem ser chamadas para depor em favor da parte autora da ação, corroborando os argumentos apresentados.
  7. Parecer Técnico: Consultar um especialista em direito tributário para fornecer um parecer técnico sobre a situação pode ser uma estratégia útil.

Lembrando que a necessidade de apresentar determinadas provas pode variar de acordo com as circunstâncias do caso. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário para avaliar as especificidades do seu caso e determinar quais provas são mais relevantes e necessárias para a sua Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária.

 

 

3.7 Etapas do processo

 

O processo de uma Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica segue etapas semelhantes a outros tipos de processos judiciais. Aqui estão as etapas gerais desse tipo de processo:

  1. Petição Inicial: O processo começa com a apresentação da petição inicial pelo autor da ação. Nessa petição, o autor deve explicar os fatos que fundamentam a ação e os motivos pelos quais acredita que não existe uma relação jurídica tributária.
  2. Citação do Réu: Após a análise inicial do juiz, se a ação for aceita, o réu (normalmente, a autoridade fiscal ou entidade tributária) é citado para apresentar uma resposta à petição inicial.
  3. Resposta do Réu: O réu tem a oportunidade de contestar os argumentos apresentados pelo autor. Eles podem concordar com a alegação de inexistência da relação jurídica ou contestá-la.
  4. Instrução Processual: Esta etapa envolve a produção de provas por ambas as partes. Isso pode incluir a apresentação de documentos, testemunhas e perícia técnica, dependendo das circunstâncias do caso.
  5. Audiência: Em alguns casos, pode ser agendada uma audiência para que as partes apresentem seus argumentos e evidências oralmente diante do juiz.
  6. Sentença: Após a instrução processual e considerando todas as provas e argumentos apresentados, o juiz emite uma sentença que pode declarar a inexistência da relação jurídica tributária ou rejeitar a ação.
  7. Recurso: Qualquer uma das partes insatisfeitas com a sentença pode entrar com recursos perante instâncias superiores, caso haja fundamentos legais para fazê-lo.
  8. Cumprimento da Sentença: Se a sentença for favorável ao autor, o réu pode ser obrigado a tomar medidas para anular ou cancelar a relação jurídica tributária em questão.

Lembrando que o processo exato pode variar de acordo com a jurisdição e a complexidade do caso. Portanto, é importante consultar um advogado especializado em direito tributário para orientação específica sobre o processo de Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica em sua região.

 

3.8 Legislação

 

A Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária é regulamentada principalmente pelo Código Tributário Nacional (CTN) e pela legislação processual civil. Aqui estão as principais legislações que regem esse tipo de ação:

  1. Código Tributário Nacional (CTN): O CTN é a principal fonte de normas relacionadas a questões tributárias no Brasil. Ele contém disposições sobre ações judiciais envolvendo questões tributárias, incluindo a Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária. Alguns artigos relevantes do CTN incluem o artigo 112, que trata da prova da inexistência de relação jurídico-tributária, e o artigo 113, que aborda a repetição de indébito tributário.
  2. Código de Processo Civil (CPC): O CPC estabelece as regras e procedimentos para ações judiciais em geral, incluindo ações declaratórias. As normas processuais do CPC são aplicadas a processos envolvendo questões tributárias, como a Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária.
  3. Legislação Complementar: Além do CTN e do CPC, outras leis complementares e regulamentos tributários podem ser relevantes, dependendo do caso específico e da legislação estadual ou municipal aplicável.

É importante consultar um advogado especializado em direito tributário para obter orientações específicas sobre as normas e procedimentos aplicáveis à Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária em casos concretos, pois as circunstâncias podem variar e exigir análise detalhada da legislação vigente.

 

4. AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO

 

Neste caso, o contribuinte contesta a validade do lançamento tributário feito pelo órgão fiscalizador. Pode ocorrer quando há discordância sobre a base de cálculo ou a alíquota aplicada.

 

4.2 Definição

 

A Ação Anulatória de Lançamento é uma ação judicial que tem como objetivo questionar e buscar a anulação de atos administrativos de lançamento tributário realizados pela autoridade fazendária. Esses atos de lançamento são geralmente relacionados a cobranças de tributos ou impostos.

Através da Ação Anulatória de Lançamento, o contribuinte busca invalidar o lançamento tributário com base em diversos argumentos, tais como erros procedimentais, vícios formais, inconstitucionalidades, ou qualquer outro fundamento jurídico que possa demonstrar a ilegalidade do lançamento. A ideia é que, se o lançamento for considerado inválido pelo tribunal, as obrigações tributárias que dele decorrem também serão anuladas.

Essa ação é uma importante ferramenta disponível para os contribuintes que acreditam que foram alvo de lançamentos tributários injustos ou ilegais por parte da administração fiscal. No entanto, seu sucesso depende da apresentação de argumentos sólidos e fundamentados em legislação vigente e jurisprudência.

A legislação brasileira, em especial o Código Tributário Nacional, estabelece as bases legais para a Ação Anulatória de Lançamento e seus procedimentos específicos. Portanto, é importante contar com o auxílio de advogados especializados em direito tributário para orientar e representar o contribuinte nesse tipo de ação judicial.

 

4.3 Cabimento

 

A Ação Anulatória de Lançamento é cabível em situações específicas relacionadas a atos administrativos de lançamento tributário. Os casos de cabimento mais comuns são os seguintes:

  1. Erros Formais ou Procedimentais: Quando o lançamento tributário contém erros formais ou procedimentais, como falta de fundamentação legal, omissão de formalidades obrigatórias, ou desrespeito ao devido processo administrativo. Isso pode incluir a falta de notificação ao contribuinte.
  2. Inconstitucionalidade: Quando o contribuinte alega que o lançamento tributário é inconstitucional, ou seja, viola princípios e normas da Constituição Federal.
  3. Lançamento Indevido: Quando o lançamento é feito de forma indevida, cobrando um tributo que não é devido ou calculando-o de maneira incorreta.
  4. Vícios de Motivação: Quando o ato de lançamento não apresenta uma motivação adequada ou justificativa plausível para a cobrança.
  5. Lançamento sem Fundamentação: Quando o lançamento não possui uma base legal sólida que o respalde.
  6. Prescrição ou Decadência: Quando o direito de lançar o tributo já prescreveu ou decaiu, ou seja, o prazo para efetuar o lançamento expirou.
  7. Excesso de Cobrança: Quando há cobrança excessiva de tributos em relação ao devido, e o contribuinte busca a correção desse excesso.
  8. Situações de Fato Divergente: Quando os fatos apresentados pela administração tributária não correspondem à realidade econômica ou jurídica da situação fiscal do contribuinte.

É importante ressaltar que a viabilidade da Ação Anulatória de Lançamento depende das circunstâncias específicas de cada caso e das normas tributárias vigentes no país em questão. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário para avaliar a viabilidade de ingressar com essa ação em situações específicas.

 

 

4.4 Finalidade da ação

 

Ação Anulatória de Lançamento tem como principais finalidades:

  1. Anular Lançamento Tributário: Uma das finalidades centrais é a anulação, total ou parcial, de um lançamento tributário considerado indevido, ilegal, ou que contenha erros substanciais. Isso permite que o contribuinte conteste a validade do lançamento fiscal.
  2. Revisar Débitos Fiscais: A ação pode ser utilizada para revisar débitos fiscais, como multas e impostos, quando o contribuinte acredita que essas cobranças são injustas ou foram calculadas de maneira equivocada.
  3. Defender Direitos do Contribuinte: Ela serve para proteger os direitos do contribuinte perante a Administração Tributária, garantindo que os atos de lançamento estejam em conformidade com a legislação vigente e os princípios do direito tributário.
  4. Contestar Atos Administrativos: A ação permite contestar atos administrativos que resultaram em lançamentos tributários, como notificações fiscais, autuações e imposições de penalidades.
  5. Questionar Inconstitucionalidades: Quando o contribuinte alega que o lançamento fiscal é inconstitucional, ou seja, viola a Constituição Federal, a ação pode ser usada para questionar essa inconstitucionalidade.
  6. Suspender a Exigibilidade do Crédito: A propositura da ação pode suspender a exigibilidade do crédito tributário, ou seja, o contribuinte não precisa pagar o valor contestado durante o processo judicial.
  7. Reverter Decisões Desfavoráveis: Se o contribuinte teve decisões desfavoráveis em processos administrativos fiscais, a ação anulatória pode ser uma via para reverter essas decisões perante o Poder Judiciário.

Essas finalidades visam assegurar que os direitos e interesses dos contribuintes sejam respeitados durante o processo de fiscalização e cobrança de tributos, possibilitando a revisão e correção de eventuais equívocos por parte da Administração Tributária. É importante observar que a viabilidade da ação e as finalidades específicas podem variar de acordo com as leis e regulamentos tributários de cada jurisdição. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário para orientação adequada em casos específicos.

 

 

4.5 Despesas do processo

 

As despesas judiciais de uma Ação Judicial Anulatória de Lançamento podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo a jurisdição, o valor da causa e a complexidade do processo. No entanto, algumas despesas comuns que podem estar associadas a essa ação incluem:

  1. Custas Judiciais: São taxas pagas ao tribunal no momento da apresentação da ação. O valor das custas judiciais pode variar de acordo com o valor da causa e as regras da jurisdição local.
  2. Honorários Advocatícios: São os honorários pagos ao advogado que representa o contribuinte na ação. Os honorários advocatícios também podem variar dependendo da complexidade do caso e do acordo entre o cliente e o advogado.
  3. Perícias e Laudos Técnicos: Se a ação envolver questões técnicas complexas, pode ser necessário contratar peritos ou especialistas para realizar análises e laudos técnicos. Os custos desses serviços são de responsabilidade das partes.
  4. Despesas com Documentação: Isso pode incluir cópias de documentos, traduções, autenticações e outras despesas relacionadas à preparação do processo.
  5. Despesas com Publicações Oficiais: Em alguns casos, é necessário publicar anúncios ou editais em jornais oficiais, e esses custos são suportados pelas partes.
  6. Despesas com Deslocamento e Testemunhas: Se houver necessidade de testemunhas, as despesas com o deslocamento delas e suas diárias podem ser cobertas pelas partes.

É importante ressaltar que as despesas específicas podem variar de acordo com o andamento do processo e as decisões do tribunal. Além disso, em alguns casos, o contribuinte pode ser beneficiado com a gratuidade da justiça, o que significa que estará isento de pagar algumas das despesas mencionadas.

Para obter informações precisas sobre as despesas judiciais em uma Ação Anulatória de Lançamento específica, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário ou verificar as regras e regulamentos da jurisdição local em que o processo será movido, uma vez que as práticas podem variar em diferentes países e estados

 

 

4.6 Gratuidade de justiça

 

4.7 Legitimado ativo

 

Os legitimados ativos da Ação Judicial Anulatória de Lançamento podem variar dependendo das leis e regulamentos tributários de cada jurisdição. No entanto, geralmente, os seguintes entes ou partes têm legitimidade ativa para propor uma ação anulatória de lançamento:

  1. Contribuinte ou Devedor: O contribuinte ou devedor é a parte mais comum com legitimidade ativa para propor uma ação anulatória de lançamento. Essa pessoa ou empresa contesta o lançamento tributário que considera indevido ou ilegal.
  2. Terceiros Responsáveis: Em alguns casos, terceiros que possam ser legalmente responsabilizados pelo pagamento do tributo também podem ter legitimidade para propor a ação anulatória de lançamento.
  3. Espólio ou Herdeiros: Em situações envolvendo tributos devidos por uma pessoa falecida, o espólio ou os herdeiros podem ter legitimidade para contestar o lançamento tributário.
  4. Sucessores da Empresa: Quando uma empresa é sucedida por outra, os sucessores podem ter legitimidade para contestar lançamentos tributários relacionados à empresa sucedida.
  5. Órgãos Públicos: Em alguns casos, órgãos públicos ou autarquias podem ser parte em ações anulatórias de lançamento, especialmente se a disputa envolver questões de interesse público.
  6. Sindicatos e Associações: Em alguns sistemas legais, sindicatos e associações que representam grupos de contribuintes podem ter legitimidade para agir em nome de seus membros.

É importante destacar que a legitimidade ativa pode variar de acordo com as leis específicas de cada jurisdição e o tipo de lançamento tributário contestado. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário ou verificar as leis locais para determinar quem possui legitimidade para propor uma ação anulatória de lançamento em um caso específico.

 

 

4.8 Legitimado passivo

 

Os legitimados passivos da Ação Judicial Anulatória de Lançamento geralmente incluem as autoridades fiscais ou órgãos responsáveis pelo lançamento tributário contestado. Essas autoridades ou órgãos podem variar de acordo com a jurisdição e o tipo de tributo em questão. A seguir estão os principais legitimados passivos:

  1. Fazenda Pública: A Fazenda Pública, que pode ser representada pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, é frequentemente a parte passiva em ações anulatórias de lançamento tributário. Ela é a responsável por lançar e cobrar os tributos.
  2. Órgão de Fiscalização Tributária: O órgão de fiscalização tributária, como a Receita Federal ou estadual, muitas vezes atua como parte passiva em ações anulatórias, pois é responsável por efetuar os lançamentos tributários.
  3. Procuradoria ou Advocacia Pública: A procuradoria ou advocacia pública representa a Fazenda Pública em questões judiciais, incluindo ações anulatórias de lançamento. Advogados públicos ou procuradores atuam em defesa dos interesses fiscais do Estado.
  4. Outros Órgãos Públicos: Em alguns casos, outros órgãos públicos relacionados ao lançamento tributário podem ser incluídos como partes passivas, dependendo da estrutura administrativa do país.
  5. Entidades Autárquicas: Autarquias ou fundações públicas de direito público relacionadas à arrecadação de tributos também podem ser legitimadas passivas em ações anulatórias de lançamento.
  6. Terceiros Responsáveis: Em situações especiais, terceiros que desempenhem um papel no processo de lançamento tributário podem ser incluídos como parte passiva, se forem legalmente responsáveis.

A determinação dos legitimados passivos pode variar com base nas leis e regulamentos específicos de cada jurisdição, bem como nas circunstâncias do caso. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário ou verificar as leis locais para determinar os legitimados passivos em uma ação anulatória de lançamento específica.

 

 

4.9 Provas

 

As provas necessárias para uma Ação Judicial Anulatória de Lançamento tributário podem variar dependendo das circunstâncias específicas do caso. No entanto, geralmente, as seguintes provas são relevantes e frequentemente utilizadas em ações desse tipo:

  1. Documentação Fiscal: Apresentação de documentos fiscais, como notas fiscais, comprovantes de pagamento, declarações de imposto de renda e outros documentos relacionados ao lançamento tributário contestado.
  2. Documentação Contábil: Registros contábeis que demonstrem os valores corretos dos tributos devidos, incluindo balanços, demonstrações de resultados e outros registros contábeis que possam comprovar a inconsistência do lançamento.
  3. Pareceres Técnicos: Pareceres de peritos contábeis ou especialistas em tributação que possam analisar os documentos e demonstrar erros ou inconsistências no lançamento.
  4. Jurisprudência: Citação de decisões judiciais anteriores que tratam de casos semelhantes e que tenham resultado na anulação ou revisão de lançamentos tributários.
  5. Depoimento de Testemunhas: Testemunhas que possam corroborar a versão do autor da ação quanto à inadequação do lançamento ou erros cometidos pela autoridade fiscal.
  6. Prova Pericial: Nomeação de perito judicial para avaliar a situação e emitir um parecer técnico que pode ser utilizado como prova.
  7. Leis e Regulamentos: Apresentação das leis tributárias, regulamentos e normas aplicáveis ao caso, para demonstrar que o lançamento foi feito em desacordo com a legislação vigente.
  8. Comunicações e Correspondências: Correspondências e comunicações trocadas com a autoridade fiscal que possam indicar problemas no processo de lançamento ou na comunicação entre as partes.
  9. Contratos e Acordos: Contratos e acordos relacionados à atividade empresarial que possam influenciar a análise do lançamento tributário.
  10. Outras Evidências: Qualquer outra evidência que possa ser relevante para contestar o lançamento tributário em questão.

É importante ressaltar que o ônus da prova geralmente recai sobre o autor da ação anulatória, ou seja, é responsabilidade do contribuinte demonstrar que o lançamento é indevido ou incorreto. Portanto, a obtenção e apresentação adequada dessas provas é fundamental para o sucesso da ação. É aconselhável contar com a assessoria de advogados especializados em direito tributário para orientar na coleta e apresentação das provas necessárias. Além disso, as leis e procedimentos podem variar de acordo com a jurisdição, portanto, é importante consultar as normas locais específicas.

 

 

4.10 Etapas do processo

 

O processo judicial de uma Ação Anulatória de Lançamento tributário geralmente segue várias etapas, que são comuns a muitos processos judiciais. Aqui estão as etapas típicas de uma Ação Anulatória de Lançamento:

  1. Petição Inicial: O processo começa com a apresentação da petição inicial pelo autor (contribuinte) perante o Poder Judiciário. Nesta petição, o autor explica os fundamentos legais e fatos que justificam a anulação do lançamento tributário.
  2. Citação do Réu: Após a apresentação da petição inicial, o réu (autoridade fiscal ou órgão responsável) é citado para apresentar sua defesa e contestar os argumentos apresentados pelo autor.
  3. Produção de Provas: Ambas as partes têm a oportunidade de apresentar evidências, como documentos, testemunhas e pareceres técnicos, para comprovar seus argumentos. Isso pode envolver a realização de perícias e análises técnicas.
  4. Sentença: Após a análise de todas as evidências e argumentos, o juiz emite uma sentença que pode ser a favor do autor (anulando o lançamento) ou do réu (mantendo o lançamento). A sentença é a decisão final do caso.
  5. Recursos: Se uma das partes não concordar com a sentença, ela pode recorrer a instâncias superiores, como tribunais de apelação. Isso pode resultar em uma revisão da sentença ou em uma decisão final por parte do tribunal de última instância.
  6. Cumprimento da Sentença: Se a sentença for favorável ao autor e o lançamento for anulado, a autoridade fiscal deve acatar a decisão e tomar as medidas necessárias para cancelar o débito tributário.
  7. Arquivamento do Processo: Após a conclusão de todas as etapas e a execução da sentença, o processo é arquivado, encerrando o litígio.

É importante ressaltar que o processo pode variar de acordo com as leis e regulamentos de cada jurisdição e as circunstâncias específicas do caso. Além disso, pode haver oportunidades de resolução alternativa de disputas, como negociação ou mediação, antes ou durante o processo judicial.

Consultar um advogado especializado em direito tributário é fundamental para orientar o contribuinte ao longo de todas essas etapas e garantir que o processo seja conduzido de forma adequada e eficaz.

 

 

4.11 Legislação

 

A Ação Anulatória de Lançamento é regulamentada por várias legislações no contexto do direito tributário no Brasil. As principais normas legais que regulam essa ação incluem:

  1. Código Tributário Nacional (CTN): O CTN é a principal legislação federal que trata do direito tributário no Brasil. Ele contém disposições relacionadas ao lançamento tributário, incluindo as bases para contestação e anulação do lançamento.
  2. Lei nº 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais): Essa lei estabelece os procedimentos para a cobrança judicial de dívidas fiscais, incluindo a possibilidade de apresentação de Ação Anulatória de Lançamento como um dos meios de defesa do contribuinte contra a execução fiscal.
  3. Jurisprudência: Além das leis, a jurisprudência (decisões judiciais) também desempenha um papel importante na regulação da Ação Anulatória de Lançamento. As decisões de tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), estabelecem precedentes que orientam os tribunais inferiores sobre como interpretar e aplicar a lei em casos semelhantes.
  4. Doutrina: A doutrina jurídica, ou seja, os escritos de especialistas em direito tributário, fornece interpretações e análises adicionais das regras e princípios aplicáveis à Ação Anulatória de Lançamento. Livros, artigos e materiais acadêmicos são fontes importantes de orientação para advogados e juízes.
  5. Normas Estaduais e Municipais: Além das normas federais, as legislações estaduais e municipais também podem conter disposições relacionadas à Ação Anulatória de Lançamento, especialmente no que diz respeito a tributos estaduais e municipais.

É importante notar que a legislação tributária está sujeita a mudanças ao longo do tempo, e as regras podem variar dependendo da esfera (federal, estadual ou municipal) e do tipo de tributo envolvido. Portanto, é fundamental consultar um advogado especializado em direito tributário para obter orientações específicas sobre as normas aplicáveis em um caso concreto de Ação Anulatória de Lançamento.

 

5. MANDADO DE SEGURANÇA

 

Esta ação é usada para proteger direitos líquidos e certos relacionados a tributos. Por exemplo, um contribuinte pode impetrar um mandado de segurança para contestar uma medida arbitrária do fisco.

 

5.2 Definição

 

5.3 Cabimento

 

O Mandado de Segurança é uma ação judicial que visa proteger direitos líquidos e certos quando não houver outro meio legal adequado para sua defesa. Os casos de cabimento do Mandado de Segurança podem ser resumidos da seguinte forma:

  1. Ato de Autoridade Pública: Pode ser impetrado contra atos de autoridades públicas, sejam elas do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, desde que causem ameaça ou violação a direitos líquidos e certos.
  2. Direito Líquido e Certo: É necessário que o direito a ser protegido seja líquido e certo, ou seja, esteja claramente definido na lei e nos fatos, não dependendo de análise ou dúvida.
  3. Ausência de Outro Meio: Deve ser ajuizado quando não existir outro meio legal adequado para a proteção do direito ameaçado ou violado, como um recurso administrativo.
  4. Não Cabe contra Decisão Judicial: Em regra, não cabe Mandado de Segurança contra decisões judiciais, exceto em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder.
  5. Prazo Limitado: O prazo para impetrar um Mandado de Segurança é curto, geralmente de 120 dias a partir do conhecimento do ato a ser impugnado.
  6. Legitimidade Ativa: Pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica que seja titular do direito ameaçado ou violado.
  7. Não Cabe para Ação de Desapropriação: Não cabe Mandado de Segurança contra atos de desapropriação.
  8. Casos de Competência do STF e STJ: Alguns casos específicos devem ser impetrados diretamente no Supremo Tribunal Federal (STF) ou Superior Tribunal de Justiça (STJ).
  9. Ato Ilegal e Abuso de Poder: O Mandado de Segurança deve ser usado para casos de ilegalidade ou abuso de poder, não para reexaminar mérito de atos administrativos.
  10. Direitos Fundamentais: É comum em casos envolvendo direitos fundamentais, como liberdade de locomoção e direitos à saúde e educação.

Lembrando que cada situação deve ser analisada individualmente, e é importante consultar um advogado especializado para determinar se o Mandado de Segurança é a ação adequada em um caso específico. Além disso, a jurisprudência e a doutrina também influenciam a interpretação dos casos de cabimento do Mandado de Segurança.

 

 

5.4 Finalidade da ação

 

Mandado de Segurança é uma ação judicial com as seguintes finalidades:

  1. Proteção de Direito Líquido e Certo: Sua principal finalidade é proteger direitos líquidos e certos, ou seja, direitos que estão claramente definidos em lei e nos quais não há dúvida sobre sua existência ou conteúdo.
  2. Contestar Atos de Autoridades Públicas: O Mandado de Segurança pode ser utilizado para contestar atos de autoridades públicas, sejam elas do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, desde que tais atos ameacem ou violem direitos líquidos e certos do impetrante.
  3. Combate a Abusos e Ilegalidades: É uma ferramenta para combater atos ilegais ou abusivos cometidos por autoridades ou órgãos públicos, garantindo que tais atos sejam revistos e corrigidos.
  4. Assegurar Direitos Fundamentais: Em muitos casos, o Mandado de Segurança é usado para assegurar direitos fundamentais, como a liberdade de locomoção, o direito à saúde e à educação, entre outros.
  5. Garantir o Devido Processo Legal: O Mandado de Segurança também pode ser utilizado para garantir que um processo legal em curso siga os princípios do devido processo legal, assegurando o direito de defesa e o contraditório.
  6. Tutelar Interesses Coletivos: Em alguns casos, o Mandado de Segurança pode ser usado para tutelar interesses coletivos, desde que sejam demonstrados direitos líquidos e certos de um grupo de pessoas.
  7. Obter Liminares e Tutelas de Urgência: O Mandado de Segurança pode ser útil para obter liminares e tutelas de urgência quando há risco iminente de lesão a direitos.

Lembrando que cada caso deve ser analisado individualmente, e o Mandado de Segurança é uma ação específica que deve atender aos requisitos legais para ser aceita pelo Poder Judiciário. Portanto, é importante consultar um advogado especializado para avaliar a viabilidade de utilizar essa ação em uma situação específica.

 

 

5.5 Despesas do processo

 

As despesas judiciais de um Mandado de Segurança podem variar dependendo da legislação e dos regulamentos específicos de cada jurisdição, bem como das particularidades do caso. No entanto, de forma geral, as despesas judiciais que podem estar associadas a um Mandado de Segurança incluem:

Custas Processuais: Em alguns casos, pode ser necessário o pagamento de custas judiciais, que são taxas cobradas para o processamento da ação judicial. O valor das custas pode variar de acordo com a jurisdição e o valor da causa.

Honorários Advocatícios: Se o Mandado de Segurança for impetrado com o acompanhamento de um advogado, é comum que haja a fixação de honorários advocatícios, que são os honorários pagos ao advogado pela prestação de serviços jurídicos.

Taxas Judiciárias: Em algumas jurisdições, existem taxas judiciárias que devem ser pagas para o ingresso da ação no sistema judiciário. Essas taxas podem variar de acordo com o tipo de ação e o valor da causa.

Despesas com Diligências: Se houver a necessidade de realizar diligências, como intimações ou citações, podem haver custos associados a essas atividades.

Outras Despesas: Dependendo das circunstâncias do caso, podem surgir outras despesas relacionadas a perícias, traduções, notificações e outros serviços necessários para a tramitação do Mandado de Segurança.

É importante ressaltar que as despesas específicas podem variar amplamente de acordo com a legislação e os regulamentos do país e da jurisdição em questão. Portanto, é aconselhável consultar um advogado ou verificar as regras locais para obter informações precisas sobre as despesas judiciais associadas a um Mandado de Segurança em um contexto específico.

 

 

5.6 Gratuidade de justiça

 

 

5.7 Legitimado ativo

 

O Mandado de Segurança pode ser impetrado por diversas pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, desde que atendam aos requisitos legais. Os principais tipos de impetrantes são:

Pessoa Física: Qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil que tenha seus direitos líquidos e certos ameaçados ou violados por ato de autoridade pode ingressar com um Mandado de Segurança. Exemplos incluem situações em que um indivíduo sofre uma ilegalidade ou abuso de poder por parte de um órgão público.

Pessoa Jurídica: Empresas privadas, associações, sindicatos e outras entidades sem fins lucrativos também têm o direito de impetrar um Mandado de Segurança. No entanto, o direito líquido e certo deve estar relacionado aos interesses da pessoa jurídica e à sua atividade regular.

Partido Político com Representação no Congresso: Partidos políticos que tenham representação no Congresso Nacional podem impetrar Mandados de Segurança coletivos em defesa de seus interesses ou dos direitos de seus filiados.

Ministério Público: O Ministério Público tem a prerrogativa de impetrar Mandados de Segurança em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

É importante ressaltar que o Mandado de Segurança visa proteger direitos líquidos e certos que estão sendo ameaçados ou violados por atos ilegais de autoridades públicas. Além disso, em casos de Mandado de Segurança coletivo, os impetrantes devem estar legitimados de acordo com a legislação específica.

 

 

5.8 Legitimado passivo

 

O Mandado de Segurança é uma ação judicial que pode ser impetrada contra atos de autoridade, sejam eles de natureza administrativa ou judicial, desde que esses atos violem direitos líquidos e certos dos impetrantes. Contra quem pode ser ingressado o Mandado de Segurança inclui:

Autoridades Públicas: Isso abrange qualquer autoridade pública, como prefeitos, governadores, presidentes, ministros, juízes, delegados, entre outros, que tenham praticado atos ilegais ou abusivos no exercício de suas funções.

Pessoas Jurídicas de Direito Público: Além de autoridades individuais, é possível impetrar o Mandado de Segurança contra pessoas jurídicas de direito público, como órgãos, autarquias e empresas estatais, quando estas violam direitos líquidos e certos.

Entidades Privadas com Delegação de Serviço Público: Em casos específicos, quando entidades privadas atuam prestando serviços públicos por meio de concessão ou delegação do Estado e cometem atos ilegais ou abusivos nesse contexto, também podem ser alvos de Mandado de Segurança.

Particulares em Colaboração com Autoridades Públicas: Se particulares atuarem em colaboração com autoridades públicas para violar direitos líquidos e certos de terceiros, o Mandado de Segurança pode ser impetrado contra eles.

O Mandado de Segurança é uma importante ferramenta para a proteção de direitos fundamentais e para o controle da legalidade dos atos administrativos e judiciais. É fundamental que o direito líquido e certo violado seja comprovado de forma inequívoca para que a ação seja aceita pelo Poder Judiciário.

 

5.9 Provas

 

No Mandado de Segurança, as provas que podem ser usadas são essencialmente as “provas pré-constituídas”. Isso significa que, ao ingressar com a ação, o impetrante deve apresentar documentos ou elementos de prova que comprovem de forma clara e inequívoca o direito líquido e certo que está sendo violado. Aqui estão alguns tipos de provas que podem ser usadas:

Documentos: Qualquer tipo de documento que comprove o direito alegado pode ser utilizado como prova. Isso inclui contratos, decisões administrativas, comunicações, entre outros.

Fotos e Vídeos: Quando for necessário comprovar visualmente a situação que fundamenta o Mandado de Segurança, fotos e vídeos podem ser anexados como provas.

Comunicações Oficiais: Emails, ofícios, correspondências ou qualquer forma de comunicação oficial que evidencie a violação do direito líquido e certo podem ser utilizados.

Laudos e Perícias: Quando a situação exige uma avaliação técnica, laudos e perícias podem ser apresentados como provas.

Decisões Administrativas: Se a violação do direito tiver origem em uma decisão administrativa, essa decisão pode ser apresentada como prova.

Contratos e Acordos: Contratos e acordos que estabelecem direitos e deveres podem ser usados como prova quando estiverem relacionados ao caso.

Outros Elementos de Prova: Qualquer outro elemento que seja relevante e ajude a comprovar o direito líquido e certo pode ser considerado.

É importante destacar que, uma vez impetrado o Mandado de Segurança, não é possível produzir novas provas. Todas as provas devem ser apresentadas na petição inicial. Além disso, a qualidade e a clareza das provas são fundamentais para o sucesso da ação, já que o juiz decidirá com base nas informações disponíveis no momento da impetração.

 

 

5.10 Etapas do processo

 

O processo de Mandado de Segurança geralmente segue algumas etapas padrão. Aqui estão as principais etapas desse processo:

Impetração do Mandado de Segurança: O processo começa com a impetração, ou seja, a apresentação do pedido de Mandado de Segurança perante a autoridade judicial competente.

Análise da Admissibilidade: O juiz analisa se o caso atende aos requisitos legais para a concessão do Mandado de Segurança. Isso inclui verificar se o direito é líquido e certo, se não existe outro meio legal para protegê-lo, e se o prazo para impetração não está prescrito.

Notificação da Autoridade Coatora: Caso o Mandado de Segurança seja admitido, a autoridade coatora (aquela contra a qual o Mandado de Segurança é impetrado) é notificada para prestar informações sobre o caso.

Parecer do Ministério Público: Em muitos casos, o Ministério Público é chamado a emitir parecer sobre o Mandado de Segurança, especialmente quando se trata de questões de interesse público.

Julgamento do Mandado de Segurança: Após a apresentação das informações e, se necessário, do parecer do Ministério Público, o juiz procede ao julgamento do Mandado de Segurança. Isso envolve a análise das alegações das partes e a decisão sobre se o Mandado de Segurança será concedido ou negado.

Cumprimento da Decisão: Se o Mandado de Segurança for concedido, a autoridade coatora é obrigada a cumprir a ordem judicial. Caso contrário, o Mandado de Segurança é negado, e o impetrante pode recorrer da decisão.

Recursos: As partes envolvidas no Mandado de Segurança têm o direito de recorrer da decisão do juiz, se discordarem.

Lembrando que cada caso pode ter nuances específicas, e o processo pode variar dependendo da jurisdição e da complexidade da questão. É fundamental consultar um advogado especializado em direito administrativo e Mandado de Segurança para orientação específica em casos concretos.

 

6. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO

 

Quando um contribuinte alega que pagou um tributo indevidamente, ele pode mover uma ação de repetição de indébito para recuperar o valor pago em excesso.

 

6.2 Definição

 

A ação de indébito tributário é um instrumento jurídico que permite que os contribuintes busquem a restituição de valores que foram pagos de forma indevida a título de tributos. Essa ação é fundamentada na invalidade ou ilegalidade da cobrança de impostos, taxas ou contribuições e tem como objetivo corrigir essa situação, garantindo que o contribuinte recupere os valores pagos a mais ou indevidamente. Aqui estão algumas definições relacionadas à ação de indébito tributário:

  1. Repetição de Indébito Tributário: A ação de indébito tributário é muitas vezes chamada de “repetição de indébito tributário” porque busca a repetição, ou seja, a devolução dos valores pagos em excesso ou de forma indevida em matéria de tributos.
  2. Cobrança Indevida: A ação de indébito tributário ocorre quando o contribuinte alega que foi indevidamente cobrado por um tributo que não deveria ter sido pago, seja devido a uma interpretação errônea da lei tributária, uma decisão judicial posterior que invalida a cobrança ou outros motivos.
  3. Restituição de Valores: A finalidade principal da ação de indébito tributário é a restituição dos valores pagos a mais, que podem incluir o tributo em si, juros e correção monetária, garantindo que o contribuinte seja reembolsado de acordo com o que foi pago indevidamente.
  4. Prescrição: É importante observar que o direito de pleitear a restituição em ações de indébito tributário pode estar sujeito a prazos de prescrição, ou seja, o contribuinte precisa entrar com a ação dentro do prazo legal após o pagamento indevido.

Essa ação é fundamental para garantir a justiça fiscal e proteger os direitos dos contribuintes, assegurando que não sejam obrigados a pagar tributos que não lhes são devidos de acordo com a legislação tributária vigente.

 

 

6.3 Cabimento

 

A ação de repetição de indébito tributário é cabível em diversos casos em que o contribuinte realiza o pagamento de tributos indevidamente ou em valor superior ao devido. Abaixo, listo os principais casos de cabimento dessa ação:

  1. Cobrança Indevida: Quando o contribuinte é cobrado por um tributo que não deveria incidir sobre sua atividade ou operação, seja devido a uma interpretação equivocada da lei tributária, decisão judicial posterior que invalida a cobrança, ou qualquer outro motivo que torne a cobrança indevida.
  2. Pagamento em Excesso: Nos casos em que o contribuinte realiza o pagamento de um tributo em valor superior ao que realmente é devido, seja por erro de cálculo, equívoco na aplicação de alíquotas, ou outra circunstância que leve ao pagamento excessivo.
  3. Decisões Judiciais Posteriores: Quando uma decisão judicial posterior reconhece a inconstitucionalidade ou ilegalidade de determinada cobrança tributária, permitindo que os contribuintes que pagaram esse tributo indevidamente busquem a restituição dos valores pagos.
  4. Revisão de Cálculos: Caso o contribuinte perceba que os cálculos utilizados pela autoridade fiscal para determinar o valor devido estão incorretos e resultaram em pagamento excessivo.
  5. Tributos Indevidos em Exportações: Em situações em que a legislação prevê isenção ou não incidência de tributos sobre exportações, mas a autoridade fiscal realiza a cobrança indevida, a ação de repetição de indébito é aplicável.
  6. Outras Situações Específicas: Além dos casos mencionados, existem outras situações específicas em que a ação de repetição de indébito pode ser cabível, dependendo das peculiaridades do sistema tributário de cada país e da legislação vigente.

É importante destacar que, em muitos casos, o direito à repetição de indébito tributário está sujeito a prazos prescricionais, ou seja, o contribuinte deve entrar com a ação dentro de um período determinado após o pagamento indevido. Portanto, é fundamental consultar um advogado especializado em direito tributário para avaliar a viabilidade e os prazos aplicáveis em cada situação específica.

 

 

6.4 Finalidade da ação

 

A ação judicial de repetição de indébito tem como finalidade principal a restituição de valores pagos indevidamente em forma de tributos. As principais finalidades dessa ação são as seguintes:

  1. Recuperar Valores Indevidos: A finalidade primordial da ação de repetição de indébito é permitir que os contribuintes recuperem os valores que foram pagos de forma indevida aos órgãos fiscais, seja devido a erro de cálculo, interpretação equivocada da lei tributária, decisão judicial posterior que invalida a cobrança, entre outros motivos.
  2. Restabelecer a Justiça Fiscal: Essa ação visa restabelecer a justiça fiscal, garantindo que os contribuintes não sejam onerados de maneira injusta com pagamentos tributários indevidos. Quando valores são cobrados de forma errônea, a ação de repetição busca corrigir essa injustiça.
  3. Proteger os Direitos do Contribuinte: Ela serve para proteger os direitos do contribuinte e assegurar que ele não seja prejudicado por cobranças ilegais ou indevidas por parte das autoridades fiscais.
  4. Revisão de Cálculos e Decisões Fiscais: Em muitos casos, a ação de repetição de indébito é necessária para revisar cálculos e decisões fiscais que resultaram em pagamento excessivo de tributos.
  5. Manter a Conformidade com a Lei: Contribui para manter a conformidade com a lei tributária, uma vez que permite aos contribuintes contestar e corrigir cobranças que não estejam de acordo com as normas vigentes.
  6. Revisar Decisões Judiciais Posteriores: Quando uma decisão judicial posterior reconhece a inconstitucionalidade ou ilegalidade de determinada cobrança tributária, a ação de repetição de indébito permite que os contribuintes que pagaram indevidamente busquem a restituição dos valores pagos.

Em resumo, a ação judicial de repetição de indébito tem como finalidade principal corrigir cobranças tributárias indevidas, proteger os direitos dos contribuintes e assegurar que os valores pagos de forma errônea sejam restituídos de acordo com a justiça fiscal e a conformidade com a lei tributária.

 

 

6.5 Despesas do processo

 

 

 

6.6 Gratuidade de justiça

 

 

6.7 Legitimado ativo

 

 

6.8 Legitimado passivo

 

6.9 Provas

 

Na ação judicial de indébito tributário, as provas desempenham um papel fundamental na comprovação dos fatos que embasam a reivindicação do contribuinte. As principais provas que podem ser apresentadas nesse tipo de ação incluem:

  1. Documentação Fiscal: Apresentação de documentos fiscais, como notas fiscais, comprovantes de pagamento de tributos, e quaisquer registros que demonstrem os valores pagos indevidamente.
  2. Pareceres Técnicos: Em casos complexos, é possível apresentar pareceres técnicos elaborados por especialistas em direito tributário que fundamentem a alegação de indevido pagamento de tributos.
  3. Perícias: Quando necessário, pode ser solicitada a realização de perícias contábeis ou técnicas para verificar a legalidade do pagamento dos tributos.
  4. Documentação Contábil: Apresentação de registros contábeis da empresa que demonstrem os valores efetivamente pagos a título de tributos.
  5. Jurisprudência: Citação de decisões judiciais anteriores que tenham jurisprudência favorável ao contribuinte em casos semelhantes.
  6. Testemunhas: Em alguns casos, testemunhas podem ser chamadas para depor e confirmar os fatos alegados pelo contribuinte.
  7. Legislação Aplicável: Apresentação das leis e regulamentos tributários pertinentes ao caso, com destaque para dispositivos que sustentem a alegação de pagamento indevido.

É importante ressaltar que a apresentação das provas deve ser feita de forma organizada e consistente, seguindo as normas do processo judicial. Além disso, a análise das provas é realizada pelo juiz responsável pelo caso, que decidirá com base na evidência apresentada.

A natureza da ação de indébito tributário exige que o contribuinte demonstre de maneira clara e convincente que o pagamento efetuado foi indevido, seguindo os princípios do ônus da prova. Portanto, a robustez das provas desempenha um papel crítico no sucesso da ação.

 

 

6.10 Etapas do processo

 

A ação judicial de indébito tributário, que visa a restituição de valores pagos indevidamente em forma de tributos, geralmente segue as seguintes etapas:

  1. Petição Inicial: A ação tem início com a apresentação da petição inicial pelo contribuinte, que é a parte que busca a restituição dos valores pagos indevidamente. Nessa petição, são detalhados os fatos e fundamentos legais que embasam a ação.
  2. Citação da Fazenda Pública: Após o protocolo da petição inicial, a Fazenda Pública, que é a parte contrária, é citada para apresentar sua defesa.
  3. Produção de Provas: As partes têm a oportunidade de produzir provas para embasar seus argumentos. Isso pode envolver a apresentação de documentos, perícias, testemunhas, entre outros meios de prova.
  4. Sentença: Após a análise de todas as provas e argumentos apresentados, o juiz proferirá uma sentença que decidirá se o contribuinte tem direito à restituição dos valores ou não. A sentença pode ser favorável ao contribuinte, determinando a restituição, ou contrária.
  5. Recursos: Em caso de decisão desfavorável, o contribuinte pode recorrer da sentença para instâncias superiores, como tribunais de segunda instância e, eventualmente, para tribunais superiores, buscando reverter a decisão.
  6. Execução da Sentença: Se a decisão for favorável ao contribuinte e determinar a restituição dos valores, a Fazenda Pública deverá proceder com a execução da sentença, ou seja, efetuar o pagamento dos valores devidos.
  7. Cumprimento da Sentença: Caso a Fazenda Pública não cumpra voluntariamente a sentença, o contribuinte pode tomar medidas legais para garantir o cumprimento, como o uso de medidas de coerção para forçar o pagamento.

Essas são as etapas gerais de uma ação judicial de indébito tributário. É importante observar que o processo pode variar de acordo com a jurisdição e a complexidade do caso, e a duração do processo pode ser significativa devido aos recursos e à possível necessidade de perícia e análise detalhada das questões tributárias envolvidas.

 

 

6.11 Legislação

 

7. AÇÃO ANULATÓRIA

 

Esta ação visa anular um ato administrativo ou norma tributária que o contribuinte considera ilegal ou inconstitucional.

 

 

7.2 Definição

 

7.3 Cabimento

 

7.4 Finalidade da ação

 

7.5 Despesas do processo

 

7.6 Gratuidade de justiça

 

7.7 Legitimado ativo

 

7.8 Legitimado passivo

 

7.9 Provas

 

7.10 Etapas do processo

 

7.11 Legislação

 

 

 

8. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

 

Quando há dúvidas sobre a quem pagar determinado tributo, o contribuinte pode depositar o valor em juízo por meio dessa ação.

 

8.2 Definição

 

Ação de Consignação em Pagamento é um procedimento jurídico utilizado quando uma pessoa (devedor) deseja quitar uma dívida, mas o credor se recusa a receber o pagamento ou quando existe uma dúvida sobre o valor exato devido. Nesse contexto, o devedor deposita o valor que entende devido em uma instituição financeira autorizada pelo tribunal e propõe uma ação judicial para que o juiz determine se a dívida está quitada ou se é necessário fazer algum ajuste.

 

 

8.3 Cabimento

 

A Ação de Consignação em Pagamento é cabível em casos tributários quando o sujeito passivo (contribuinte) encontra dificuldades ou discordâncias com o fisco (entidade tributante) em relação ao pagamento de tributos. Os casos de cabimento da Ação de Consignação em Pagamento tributário incluem:

  1. Recusa de Recebimento: Quando o sujeito passivo deseja pagar um tributo e o fisco se recusa injustificadamente a receber o pagamento, a consignação em pagamento é uma opção para o contribuinte cumprir sua obrigação tributária.
  2. Dúvidas sobre o Valor devido: Se há discordância entre o contribuinte e o fisco quanto ao valor exato do tributo devido, a ação de consignação permite que o contribuinte realize o depósito judicial do valor que ele considera correto.
  3. Cobrança Indevida: Quando o fisco faz uma cobrança tributária indevida, o contribuinte pode utilizar a consignação em pagamento como forma de contestar essa cobrança e efetuar o pagamento em juízo.
  4. Desacordo sobre a Obrigação Tributária: Em casos em que há desacordo sobre a própria existência ou natureza da obrigação tributária, a ação de consignação pode ser usada para que o contribuinte deposite o valor em juízo até que a questão seja esclarecida.
  5. Dificuldade em Identificar o Credor Tributário: Quando há incerteza sobre qual entidade é o credor tributário em situações complexas, a consignação em pagamento pode ser usada para garantir que o tributo seja pago corretamente.

É importante observar que a legislação tributária pode estabelecer regras específicas para a consignação em pagamento de tributos, e é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário para orientação adequada em casos tributários complexos. As normas podem variar de acordo com a jurisdição e a legislação aplicável.

 

 

8.4 Finalidade da ação

 

A Ação de Consignação em Pagamento Tributário possui várias finalidades essenciais que a tornam um instrumento importante no Direito Tributário. Suas principais finalidades incluem:

  1. Extinção da Obrigação Tributária: A principal finalidade da ação de consignação em pagamento tributário é extinguir a obrigação tributária. Isso ocorre quando o contribuinte deposita o valor do tributo devido em juízo, liberando-se da obrigação de pagamento perante o Fisco.
  2. Regularização da Situação Fiscal: Ao utilizar a ação de consignação em pagamento, o contribuinte busca regularizar sua situação fiscal, demonstrando sua intenção de quitar o tributo devido, mesmo que o Fisco se recuse a recebê-lo.
  3. Evitar Penalidades e Juros: A ação de consignação permite ao contribuinte evitar o acúmulo de penalidades e juros moratórios decorrentes do atraso no pagamento do tributo, uma vez que o depósito judicial interrompe a contagem desses encargos.
  4. Garantir o Cumprimento da Obrigação: Quando o Fisco se recusa a receber o pagamento, a consignação em pagamento assegura que o contribuinte cumpra sua obrigação fiscal, mesmo diante da recusa do órgão arrecadador.
  5. Prevenir Apreensões e Execuções: A ação de consignação pode evitar medidas mais severas, como apreensão de bens ou execução fiscal, protegendo o patrimônio do contribuinte.
  6. Possibilidade de Discussão Judicial: Caso haja discordância sobre o valor do tributo ou sua legalidade, a ação de consignação em pagamento permite ao contribuinte levar a questão para a esfera judicial, onde as partes podem apresentar argumentos e provas para resolver a controvérsia.
  7. Manter a Regularidade Fiscal: Mesmo durante a tramitação da ação, o contribuinte pode manter sua regularidade fiscal, uma vez que o depósito em juízo é considerado uma forma de pagamento válida perante a legislação tributária.

Em resumo, a ação de consignação em pagamento tributário tem como principais finalidades a extinção da obrigação fiscal, a regularização da situação do contribuinte perante o Fisco e a possibilidade de resolver questões controversas relacionadas ao tributo devido. Ela proporciona segurança jurídica ao contribuinte e é um importante instrumento de defesa no âmbito do Direito Tributário.

 

 

8.5 Despesas do processo

 

 

8.6 Gratuidade de justiça

 

 

8.7 Legitimado ativo

 

Na Ação de Consignação em Pagamento Tributário, os legitimados ativos são as partes que têm o direito de propor essa ação. No contexto tributário, os principais legitimados ativos incluem:

  1. Contribuinte ou Devedor Tributário: O contribuinte ou devedor tributário é a parte mais comum com legitimidade ativa em uma ação de consignação em pagamento tributário. Ele é o sujeito obrigado a pagar o tributo e opta por utilizar a ação de consignação quando há recusa por parte do órgão fiscalizador em receber o pagamento.
  2. Terceiros Interessados: Em alguns casos, terceiros que têm interesse legítimo na quitação do tributo também podem ser legitimados ativos. Por exemplo, uma pessoa que adquire um imóvel e assume a dívida de IPTU pode propor a ação de consignação em pagamento se a prefeitura se recusar a receber o tributo.
  3. Instituições Financeiras: Em situações específicas, instituições financeiras que detêm valores ou ativos relacionados ao tributo podem ser legitimadas ativas para ajuizar a ação de consignação em pagamento em nome de seus clientes, visando quitar o débito tributário. Isso ocorre, por exemplo, quando um cliente possui fundos depositados em uma conta bancária e solicita que o banco utilize esses fundos para pagar um tributo.
  4. Demais Interessados: Dependendo das circunstâncias e das legislações locais, outras partes com interesse direto na quitação do tributo também podem ser consideradas legitimadas ativas. Essa categoria pode variar de acordo com a jurisdição e as leis específicas.

É importante destacar que a legitimidade ativa varia de acordo com a legislação tributária de cada país e sua interpretação pelos tribunais. Portanto, é fundamental consultar um advogado especializado em direito tributário para determinar quem possui legitimidade ativa em um caso específico de consignação em pagamento tributário, levando em consideração as leis locais e as circunstâncias particulares do caso.

 

8.8 Legitimado passivo

 

Os legitimados passivos da Ação de Consignação em Pagamento Tributário são as autoridades fiscais ou entidades tributárias que têm a competência para receber o tributo em questão. Os principais legitimados passivos incluem:

  1. União, Estado, Distrito Federal ou Município: Dependendo da esfera de governo responsável pela cobrança do tributo, a entidade correspondente terá a legitimidade passiva na ação de consignação em pagamento tributário. Por exemplo, se o tributo em questão for de competência federal, a União será a legitimada passiva; se for estadual, o Estado; se for municipal, o Município.
  2. Autoridades Fiscais: As autoridades fiscais responsáveis pela fiscalização e arrecadação dos tributos têm a legitimidade passiva na ação de consignação em pagamento quando recusam o recebimento do tributo. Isso inclui, por exemplo, os auditores fiscais e agentes de arrecadação que representam a entidade tributária.
  3. Entidades Autárquicas: Em alguns casos, as entidades autárquicas ou autônomas podem ser legitimadas passivas, especialmente quando possuem autonomia para gerenciar e receber seus próprios tributos. Um exemplo disso é uma autarquia estadual que administra tributos estaduais específicos.
  4. Órgãos Públicos: Além das entidades tributárias, órgãos públicos que estão envolvidos na gestão e cobrança de tributos também podem ser legitimados passivos em ações de consignação em pagamento tributário.

É importante destacar que a legitimidade passiva na ação de consignação em pagamento tributário varia de acordo com a esfera de governo e o tributo em questão. Portanto, a parte que deseja propor a ação deve identificar corretamente a entidade ou autoridade fiscal responsável pelo tributo em disputa.

Além disso, a recusa injustificada por parte dos legitimados passivos em receber o tributo é uma das situações que pode levar à utilização desse tipo de ação para cumprir a obrigação tributária.

 

8.9 Provas

 

Em uma Ação de Consignação em Pagamento Tributário, diversas provas podem ser utilizadas para respaldar a pretensão do contribuinte. As principais provas que podem ser apresentadas nesse tipo de ação incluem:

  1. Comprovante de Depósito Judicial: A prova fundamental é o comprovante do depósito judicial do valor do tributo. Esse documento atesta que o contribuinte realizou o depósito do montante devido em juízo, demonstrando sua intenção de quitar a obrigação tributária.
  2. Notificações e Correspondências: Eventuais notificações ou correspondências trocadas entre o contribuinte e o órgão fiscalizador podem ser usadas como prova, especialmente se demonstrarem a recusa do Fisco em receber o pagamento ou a existência de divergências quanto ao valor devido.
  3. Documentação Fiscal: Documentos fiscais, como notas fiscais, guias de recolhimento, e outros registros contábeis podem ser apresentados para comprovar os valores envolvidos na obrigação tributária.
  4. Documentos que Corroborem a Recusa do Fisco: Caso o Fisco tenha se recusado a receber o pagamento, é importante apresentar documentos que atestem essa recusa, como protocolos de atendimento ou manifestações por escrito.
  5. Documentos que Comprovem a Obrigação Tributária: Documentos que demonstrem a existência da obrigação tributária, como legislação vigente, cálculos de apuração de tributos, e outros registros contábeis, podem ser relevantes para o caso.
  6. Provas Testemunhais: Em alguns casos, testemunhas que presenciaram as tentativas de pagamento ou recusa do Fisco podem ser chamadas a depor em juízo para corroborar os fatos alegados pelo contribuinte.
  7. Pareceres Técnicos: Pareceres técnicos de especialistas em contabilidade ou direito tributário podem ser utilizados para embasar argumentos sobre a legalidade do pagamento ou a existência da obrigação tributária.

É importante ressaltar que a escolha das provas a serem apresentadas deve ser feita com base nas circunstâncias específicas de cada caso e sob a orientação de um advogado especializado em direito tributário. Além disso, a legislação tributária vigente e as regras processuais devem ser rigorosamente seguidas ao apresentar as provas em juízo.

 

8.10 Etapas do processo

 

A Ação de Consignação em Pagamento Tributário envolve várias etapas, e a seguir, apresento as principais delas:

  1. Petição Inicial: O contribuinte, que deseja consignar o pagamento de um tributo, inicia o processo apresentando uma petição inicial perante o Poder Judiciário. Nessa petição, ele deve explicar os motivos pelos quais está buscando a consignação do pagamento.
  2. Depósito Judicial: Após a petição inicial, o contribuinte realiza o depósito judicial do valor do tributo que pretende pagar. Esse depósito é feito em uma conta judicial vinculada ao processo de consignação.
  3. Citação do Fisco: O órgão fiscalizador (Fisco) é citado para tomar conhecimento da ação e da realização do depósito judicial. O Fisco pode se manifestar sobre o processo, apresentando contestação ou concordando com a consignação.
  4. Contestação e Resposta: Caso o Fisco apresente contestação, inicia-se o contraditório, no qual o contribuinte pode responder aos argumentos do Fisco.
  5. Julgamento: Após as manifestações das partes, o juiz responsável pelo caso analisa as provas e os argumentos apresentados. O juiz emite uma sentença que pode ser favorável ao contribuinte, permitindo a consignação do pagamento, ou indeferindo a ação.
  6. Cumprimento da Sentença: Se a sentença for favorável ao contribuinte, ele poderá efetuar o pagamento do tributo utilizando o valor depositado judicialmente.
  7. Arquivamento do Processo: Após o cumprimento da sentença, o processo é arquivado, e a obrigação tributária é considerada extinta.

É importante observar que as etapas podem variar dependendo da jurisdição e das regras específicas estabelecidas pela legislação tributária do país em questão. Além disso, é aconselhável buscar orientação legal adequada e contar com a assistência de um advogado especializado em direito tributário ao lidar com questões de consignação em pagamento tributário, devido à complexidade desses casos.

 

 

8.11 Legislação

 

 

 

9. AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL

 

 

 

9.2 Definição

 

Os “Embargos à Execução Fiscal” são um instrumento jurídico utilizado no contexto do direito tributário para permitir que o contribuinte devedor conteste a execução fiscal movida pelo Fisco. Em outras palavras, são uma ação judicial que o devedor de tributos pode propor com o objetivo de questionar a legalidade da cobrança fiscal imposta pelo órgão competente, como a Receita Federal.

Essa ação é utilizada quando o contribuinte entende que a cobrança fiscal é indevida, seja por questões de cálculo, aplicação equivocada da legislação, prescrição, ou outras razões legais que justifiquem a suspensão ou anulação da execução fiscal.

Os Embargos à Execução Fiscal são uma forma de garantir o direito de defesa do contribuinte e assegurar que a cobrança fiscal seja realizada de acordo com a lei. É importante ressaltar que essa ação é uma das etapas do processo de execução fiscal e permite ao contribuinte apresentar argumentos e provas para contestar a dívida fiscal.

O resultado dos Embargos à Execução Fiscal pode variar, sendo possível que o juiz acate os argumentos do contribuinte e suspenda a execução fiscal, ou que mantenha a cobrança fiscal, caso não encontre fundamentos para anulá-la.

Em resumo, os Embargos à Execução Fiscal são uma medida legal que permite ao devedor de tributos contestar a legalidade da cobrança fiscal perante o Poder Judiciário.

 

 

9.3 Cabimento

 

A ação de execução fiscal é uma medida judicial utilizada pela Fazenda Pública para cobrar dívidas de natureza fiscal, como impostos, taxas e contribuições. Os casos de cabimento dessa ação incluem:

  1. Inadimplência de Tributos: Quando o contribuinte deixa de pagar impostos, taxas, ou contribuições devidos ao órgão fiscalizador, a Fazenda Pública pode entrar com uma ação de execução fiscal para cobrar esses valores em atraso.
  2. Dívidas Ativas: A execução fiscal é aplicável às chamadas “Dívidas Ativas,” que são dívidas reconhecidas e inscritas em Certidão de Dívida Ativa (CDA) pelo órgão competente. A CDA é o título executivo extrajudicial que embasa a cobrança.
  3. Créditos não Quitados: Quando a Fazenda Pública emite cobranças administrativas e o devedor não quita a dívida, a execução fiscal pode ser utilizada como uma medida de cobrança.
  4. Dívidas de Empresas: A ação de execução fiscal também é aplicada a empresas que não pagam tributos ou que não cumprem com suas obrigações fiscais.
  5. Cobrança de Multas: Além dos impostos e taxas, a execução fiscal pode ser utilizada para cobrar multas aplicadas pelo não cumprimento de obrigações fiscais.

É importante observar que a execução fiscal é um procedimento específico e regulamentado por leis e normas próprias. Além disso, o devedor tem o direito de se defender e contestar a dívida no decorrer do processo.

Em resumo, a ação de execução fiscal é cabível em casos de inadimplência de tributos, dívidas ativas, créditos não quitados, dívidas de empresas e cobrança de multas relacionadas a obrigações fiscais.

 

9.4 Finalidade da ação

 

A ação de execução fiscal tem como finalidades principais:

  1. Cobrança de Dívidas Fiscais: A finalidade primordial da ação de execução fiscal é permitir que a Fazenda Pública cobre dívidas fiscais, como impostos, taxas e contribuições, que não tenham sido pagas pelo contribuinte. Essa ação é o meio pelo qual o Estado busca recuperar valores devidos.
  2. Execução de Certidão de Dívida Ativa (CDA): A Certidão de Dívida Ativa (CDA) é o título executivo extrajudicial que embasa a execução fiscal. Através dessa ação, a Fazenda Pública busca a satisfação do crédito público representado pela CDA.
  3. Cumprimento da Lei: A execução fiscal permite que a Fazenda Pública cumpra a lei ao buscar o pagamento de tributos e demais valores devidos pelos contribuintes. Isso contribui para a manutenção das finanças públicas e a realização de investimentos em benefício da sociedade.
  4. Garantia da Arrecadação: Ao utilizar a execução fiscal, o Estado assegura que os recursos públicos sejam arrecadados de acordo com as leis tributárias, evitando a evasão fiscal e garantindo a justiça fiscal.
  5. Possibilidade de Defesa do Contribuinte: A ação de execução fiscal também oferece a oportunidade para o contribuinte devedor se defender e contestar a dívida perante o Poder Judiciário, assegurando que seus direitos sejam respeitados.

Portanto, a ação de execução fiscal desempenha um papel fundamental na gestão das finanças públicas, permitindo que o Estado cobre dívidas fiscais e mantenha o equilíbrio fiscal, ao mesmo tempo em que garante o direito à defesa do contribuinte devedor.

 

 

9.5 Despesas do processo

 

9.6 Gratuidade de justiça

 

9.7 Legitimado ativo

 

9.8 Legitimado passivo

 

9.9 Provas

 

Em uma ação de execução fiscal, as provas desempenham um papel fundamental para estabelecer a validade da dívida fiscal e garantir os direitos tanto da Fazenda Pública quanto do contribuinte devedor. As principais provas que podem ser apresentadas nesse tipo de ação incluem:

  1. Certidão de Dívida Ativa (CDA): A CDA é o título executivo extrajudicial que embasa a execução fiscal. Ela deve ser apresentada como prova da existência da dívida.
  2. Documentos Fiscais: Documentos como notas fiscais, recibos e declarações de imposto de renda podem ser usados para comprovar valores declarados ou transações realizadas.
  3. Provas Documentais em Contrário: O contribuinte devedor pode apresentar documentos que contradigam a CDA, como comprovantes de pagamento ou documentos que atestem a regularidade fiscal.
  4. Provas Testemunhais: Testemunhas podem ser convocadas para depor sobre as transações fiscais, pagamentos ou outras questões relacionadas à dívida.
  5. Perícia Contábil: Em casos complexos, pode ser necessária uma perícia contábil para avaliar a exatidão dos valores devidos.
  6. Documentos de Defesa: Os embargos à execução fiscal são uma forma de defesa do contribuinte, e nesse contexto, ele pode apresentar documentos e argumentos para contestar a dívida.
  7. Provas de Pagamento: O contribuinte pode apresentar recibos, comprovantes bancários ou outros documentos que demonstrem o pagamento da dívida.
  8. Provas de Prescrição: Se houver alegações de prescrição da dívida, provas desse fato podem ser apresentadas.

É importante ressaltar que tanto a Fazenda Pública quanto o contribuinte têm o direito de apresentar provas e contestar as alegações uns dos outros durante o processo de execução fiscal. O juiz responsável pelo caso analisará as provas apresentadas para tomar uma decisão justa e equitativa.

 

 

9.10 Etapas do processo

 

As etapas de uma ação de execução fiscal são o conjunto de procedimentos legais que a Fazenda Pública segue para cobrar dívidas fiscais de contribuintes. Essas etapas podem variar de acordo com a legislação de cada país, mas em geral, incluem o seguinte:

  1. Petição Inicial: A ação de execução fiscal é iniciada com a apresentação de uma petição inicial pela Fazenda Pública. Nesse documento, são detalhados os valores devidos, a base legal da cobrança e os dados do devedor.
  2. Citação do Devedor: Após a apresentação da petição inicial, o devedor é citado para tomar conhecimento da ação e da dívida fiscal. Ele recebe uma intimação para se defender no processo.
  3. Defesa do Devedor: O devedor tem a oportunidade de apresentar sua defesa, contestando a dívida ou alegando qualquer irregularidade no processo.
  4. Penhora: Se a dívida não for paga ou não houver acordo entre as partes, a Fazenda Pública pode solicitar a penhora de bens do devedor para garantir o pagamento da dívida.
  5. Avaliação dos Bens Penhorados: Os bens penhorados são avaliados para determinar seu valor de mercado e, assim, estabelecer a quantia que será usada para quitar a dívida.
  6. Leilão ou Venda dos Bens: Os bens penhorados podem ser leiloados ou vendidos para pagamento da dívida fiscal.
  7. Arrematação e Concessão: Após o leilão, se houver arrematação dos bens, o valor é usado para quitar a dívida fiscal. Em alguns casos, pode haver concessão de parcelamento da dívida.
  8. Encerramento do Processo: Após o pagamento integral da dívida fiscal ou o cumprimento das obrigações acordadas, o processo de execução fiscal é encerrado.

É importante mencionar que essas etapas podem variar dependendo das leis e regulamentos específicos de cada jurisdição. Além disso, os devedores têm o direito de apresentar defesas e recursos ao longo do processo para proteger seus interesses.

 

 

9.11 Legislação

 

A ação de execução fiscal é regulada principalmente pela legislação brasileira, e a lei que estabelece as normas e procedimentos para essa ação é a Lei Federal nº 6.830/1980, também conhecida como Lei de Execuções Fiscais (LEF). Essa lei é a principal referência para a cobrança de dívidas fiscais no Brasil e estabelece os passos a serem seguidos, os prazos, as formas de defesa do devedor, entre outros aspectos relacionados à execução fiscal.

Além da Lei de Execuções Fiscais, existem outros dispositivos legais e regulamentos que podem ser relevantes para casos específicos ou para detalhes do processo. Por exemplo, o Código de Processo Civil (CPC) também pode ser aplicável em alguns aspectos do processo de execução fiscal.

Portanto, as principais legislações que regulam a ação de execução fiscal no Brasil são:

Lei de Execuções Fiscais (LEF) – Lei Federal nº 6.830/1980.

Código de Processo Civil (CPC) – Lei Federal nº 13.105/2015.

É importante destacar que a legislação pode ser atualizada ao longo do tempo, portanto, é sempre recomendável consultar as versões mais recentes das leis e regulamentos ou buscar orientação jurídica específica para casos concretos.

 

10. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

 

10.2 Definição

 

A ação de execução fiscal é um processo judicial específico que tem como objetivo a cobrança de dívidas fiscais por parte da Fazenda Pública. Abaixo, apresento definições das ações de execução fiscal com base nas informações encontradas nos resultados da pesquisa:

  1. Certidão de Dívida Ativa (CDA): A ação de execução fiscal se baseia na existência de um título executivo extrajudicial, denominado Certidão de Dívida Ativa (CDA). Essa certidão é o documento que serve de fundamento para a cobrança da dívida fiscal.
  2. Instrumento de Cobrança da Fazenda Pública: A ação de execução fiscal é o instrumento pelo qual a Fazenda Pública busca receber judicialmente um crédito que acredita possuir. É o meio utilizado quando alguém não paga uma dívida fiscal com o governo.
  3. Cobrança Judicial de Dívidas Fiscais: É o processo judicial em que o credor, no caso a Fazenda Pública, busca receber o valor devido por meio da ação judicial. Esse processo envolve a análise da certidão de dívida ativa, a intimação do devedor e a possibilidade de penhora de bens, entre outras etapas.
  4. Ação de Cobrança de Tributos: As ações de execução fiscal são utilizadas para a cobrança de tributos e débitos fiscais não pagos, sejam eles de pessoas físicas ou jurídicas.
  5. Princípio da Perpetuatio Jurisdictionis: Em regra, as ações de execução fiscal são propostas no juízo de primeiro grau e permanecem sob a jurisdição desse tribunal, de acordo com o princípio da perpetuatio jurisdictionis.

Essas definições destacam a natureza e o propósito das ações de execução fiscal, que são um mecanismo importante para a arrecadação de tributos e a recuperação de créditos fiscais pela Fazenda Pública.

 

 

10.3 Cabimento

 

Os embargos à execução fiscal são uma medida utilizada pelo devedor para impugnar a execução fiscal proposta pela Fazenda Pública. Abaixo, exponho os casos em que os embargos à execução fiscal são cabíveis:

  1. Cobrança Indevida ou Valores Incorretos: Quando o devedor alega que a cobrança realizada pela Fazenda Pública é indevida, seja por erro no cálculo dos valores devidos ou por qualquer outro motivo que justifique a impugnação.
  2. Prescrição ou Decadência: Se o devedor alega que a dívida fiscal está prescrita, ou seja, o prazo para cobrança expirou, ou se ocorreu decadência, que é a perda do direito da Fazenda Pública de cobrar determinado tributo após um período estabelecido em lei.
  3. Pagamento ou Parcelamento da Dívida: Caso o devedor tenha efetuado o pagamento total ou parcial da dívida fiscal após a propositura da execução fiscal e a Fazenda Pública não tenha considerado esse pagamento.
  4. Erro na Certidão de Dívida Ativa (CDA): Se houver erros ou irregularidades na CDA, que é o título executivo extrajudicial que embasa a execução fiscal, o devedor pode alegar esse motivo como fundamento para os embargos.
  5. Penhora Incorreta de Bens: Quando ocorre a penhora de bens do devedor, e este alega que os bens penhorados não são passíveis de constrição ou que houve erro na escolha dos bens.
  6. Suspensão da Exigibilidade do Crédito: Se houver a suspensão da exigibilidade do crédito tributário por qualquer motivo, como por exemplo, a discussão judicial de sua validade.
  7. Outras Irregularidades Processuais: Qualquer irregularidade no procedimento de execução fiscal que prejudique o devido processo legal pode ser alegada como fundamento para os embargos.

É importante ressaltar que os embargos à execução fiscal são uma oportunidade para o devedor contestar a cobrança da Fazenda Pública e apresentar sua defesa perante o Poder Judiciário. Cada caso deve ser analisado individualmente, e é fundamental contar com o auxílio de um advogado especializado em direito tributário para orientar e representar o devedor nesse processo.

 

 

10.4 Finalidade da ação

 

10.5 Despesas do processo

 

10.6 Gratuidade de justiça

 

10.7 Legitimado ativo

 

10.8 Legitimado passivo

 

10.9 Provas

 

Nos embargos à execução fiscal, o devedor tem a oportunidade de apresentar diversas provas para contestar a cobrança fiscal e defender seus interesses. As principais provas que podem ser utilizadas nos embargos à execução fiscal incluem:

  1. Documental: O devedor pode apresentar documentos que comprovem sua defesa, como contratos, notas fiscais, comprovantes de pagamento, entre outros.
  2. Testemunhal: Em algumas situações, é possível apresentar testemunhas que possam depor a favor da defesa do devedor. No entanto, a jurisprudência pode variar quanto à admissibilidade da prova testemunhal em embargos à execução fiscal.
  3. Pericial: Quando há questões técnicas envolvidas na disputa, o devedor pode requerer a realização de perícia técnica para esclarecer determinados pontos da questão fiscal.
  4. Documentação Contábil e Financeira: É comum apresentar documentos contábeis e financeiros que demonstrem a situação financeira da empresa ou do devedor, como balanços, demonstrativos de resultados, entre outros.
  5. Prova Oral: O próprio devedor pode prestar depoimento oral para esclarecer questões relacionadas à sua defesa.
  6. Prova Testemunhal de Testemunhas Abonatórias: São testemunhas que podem atestar a boa conduta e o cumprimento de obrigações fiscais do devedor.
  7. Documentos que Comprovem Pagamento ou Parcelamento: Caso o devedor tenha efetuado pagamentos ou parcelamentos, pode apresentar os documentos que comprovem essas ações.

É importante observar que a admissibilidade de algumas dessas provas pode variar de acordo com a legislação específica e a jurisprudência vigente. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito tributário para orientações precisas sobre a apresentação das provas nos embargos à execução fiscal, considerando as particularidades do caso em questão

 

 

10.10 Etapas do processo

 

Os embargos à execução fiscal têm como principais finalidades:

  1. Impugnação da Dívida: Os embargos à execução fiscal permitem ao devedor contestar a existência da dívida alegada pela Fazenda Pública. O devedor pode argumentar que a dívida não existe ou que os valores estão incorretos.
  2. Discussão de Matéria de Direito: Os embargos podem ser utilizados para discutir questões de direito relacionadas à cobrança fiscal. Isso inclui alegações de prescrição, decadência, compensação tributária e outras questões legais.
  3. Defesa de Bens e Direitos: O devedor pode usar os embargos para proteger seus bens e direitos que estão sendo objeto de constrição ou penhora no processo de execução fiscal. Ele pode argumentar que os bens penhorados são impenhoráveis ou que houve erro na penhora.
  4. Suspensão da Execução: Em alguns casos, os embargos podem levar à suspensão da execução fiscal, o que significa que a cobrança fica paralisada até que as questões levantadas nos embargos sejam resolvidas pelo Judiciário.
  5. Obtenção de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: Se os embargos forem julgados procedentes e a dívida for declarada inexigível, o devedor pode obter uma certidão positiva com efeitos de negativa, que atesta que não possui débitos fiscais em aberto.
  6. Garantia do Devido Processo Legal: Os embargos à execução fiscal garantem ao devedor o direito ao devido processo legal, possibilitando que ele apresente suas razões de defesa perante o Poder Judiciário.

Essas finalidades visam assegurar que a execução fiscal seja realizada de acordo com a legislação vigente e que o devedor tenha a oportunidade de contestar a cobrança fiscal quando houver motivos legítimos para tal. É importante ressaltar que a apresentação de embargos à execução fiscal requer acompanhamento de um advogado especializado em direito tributário, pois envolve questões legais complexas.

 

 

10.11 Legislação

 

A legislação que regulamenta os embargos à execução fiscal no Brasil é principalmente a Lei nº 6.830/1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais (LEF). Essa lei estabelece os procedimentos a serem seguidos na execução fiscal e inclui disposições específicas sobre os embargos.

 

11. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

 

11.2 Definição

 

A exceção de pré-executividade é um instrumento jurídico utilizado no processo de execução que permite ao devedor ou executado questionar questões de ordem pública que afetam diretamente a validade da execução fiscal ou do título executivo. Aqui estão algumas definições importantes relacionadas à exceção de pré-executividade:

  1. Questionamento de Matérias de Ordem Pública: A exceção de pré-executividade é um meio pelo qual o devedor pode alegar, de forma sumária, matérias que dizem respeito a questões de ordem pública, tais como a falta de pressupostos processuais, vícios na citação, ilegitimidade das partes, prescrição, decadência, entre outras.
  2. Natureza Defensiva e Sumária: Trata-se de uma defesa apresentada pelo devedor com o objetivo de proteger seus direitos, mas de maneira sumária, ou seja, sem a produção de provas. Ela não se destina a discutir o mérito da dívida em si, mas sim questões processuais que podem invalidar a execução.
  3. Ampla Aceitação na Jurisprudência e Doutrina: Apesar de não estar prevista em uma lei específica, a exceção de pré-executividade é amplamente aceita pela jurisprudência e doutrina jurídica como um meio legítimo de questionar a validade da execução fiscal.
  4. Restrição às Matérias de Ordem Pública: A jurisprudência restringe a utilização da exceção de pré-executividade às matérias de ordem pública, ou seja, questões que afetam a legalidade e a regularidade do processo, não permitindo discutir o mérito da dívida em si.
  5. Instrumento de Defesa do Devedor: A exceção de pré-executividade serve como uma ferramenta de defesa do devedor, permitindo que ele conteste a execução fiscal quando há indícios de irregularidades ou ilegalidades no processo.

É importante observar que a aplicação da exceção de pré-executividade pode variar dependendo da jurisprudência e da legislação específica de cada país ou sistema legal. Portanto, é aconselhável consultar um advogado especializado em direito processual para orientações específicas relacionadas à sua situação legal.

 

 

11.3 Cabimento

 

A exceção de pré-executividade é cabível em situações específicas relacionadas a questões processuais de ordem pública que podem invalidar a execução fiscal. Abaixo estão os principais casos de cabimento da exceção de pré-executividade:

  1. Falta de Pressupostos Processuais: Quando há ausência de requisitos processuais essenciais para a validade da execução, como a falta de citação válida do devedor, a exceção de pré-executividade pode ser usada para questionar essa irregularidade.
  2. Ilegitimidade das Partes: Se o devedor entender que não é a pessoa correta a ser executada ou que o credor não possui legitimidade para a cobrança, a exceção de pré-executividade pode ser apresentada.
  3. Prescrição ou Decadência: Quando a dívida estiver prescrita (passou do prazo para cobrança) ou decadente (perdeu o direito de cobrança devido ao decurso do tempo), a exceção de pré-executividade pode ser utilizada para alegar essas defesas.
  4. Vícios na Certidão de Dívida Ativa: Se houver irregularidades na certidão de dívida ativa, como erros de cálculo, informações incorretas ou omissões relevantes, a exceção de pré-executividade pode ser usada para contestar a validade da execução.
  5. Questões de Mérito Instransponíveis: Em casos em que a análise do mérito da dívida não pode ser realizada sem a produção de provas, mas há questões de ordem pública que podem extinguir a execução, a exceção de pré-executividade pode ser apropriada.
  6. Qualquer Questão de Ordem Pública: Geralmente, a exceção de pré-executividade é utilizada para alegar qualquer questão de ordem pública que afete diretamente a validade da execução fiscal, desde que não exija a produção de provas em audiência.

É importante ressaltar que a exceção de pré-executividade não se destina a discutir o mérito da dívida em si, mas sim a questionar questões processuais que possam afetar a regularidade da execução fiscal. A aplicação da exceção de pré-executividade pode variar de acordo com a jurisprudência e a legislação específica de cada jurisdição. Portanto, é aconselhável buscar orientação de um advogado especializado para avaliar a aplicabilidade desse instrumento em situações específicas.

 

 

11.4 Finalidade da ação

 

A ação de pré-executividade, também conhecida como exceção de pré-executividade, tem como finalidades principais:

  1. Alegar Vícios de Matéria de Ordem Pública: A finalidade primordial da ação de pré-executividade é permitir que o devedor alegue vícios ou irregularidades que afetam a validade da execução fiscal e que são de natureza pública, ou seja, questões que não dependem da produção de provas em audiência. Isso inclui, por exemplo, falta de pressupostos processuais, ilegitimidade das partes, prescrição, decadência e vícios na certidão de dívida ativa.
  2. Defender-se de Cobranças Indevidas: A ação de pré-executividade permite que o devedor se defenda contra cobranças indevidas e garanta que a execução fiscal esteja em conformidade com a lei.
  3. Evitar a Constrição Patrimonial Injusta: Ao apresentar uma exceção de pré-executividade, o devedor busca evitar a constrição de seus bens de forma injusta, garantindo que a execução fiscal seja justa e legítima.
  4. Obter o Reconhecimento de Nulidades: Caso haja nulidades evidentes que possam levar à extinção da execução fiscal, a ação de pré-executividade permite que o devedor busque o reconhecimento dessas nulidades pelo juiz.
  5. Suspender a Execução: Em alguns casos, a exceção de pré-executividade pode levar à suspensão da execução fiscal até que as questões alegadas sejam devidamente analisadas e resolvidas.
  6. Economizar Tempo e Recursos: A ação de pré-executividade é uma forma mais rápida e econômica de questionar questões de ordem pública na execução fiscal, pois não requer a produção de provas em audiência.

Em resumo, a finalidade da ação de pré-executividade é proteger os direitos do devedor e garantir que a execução fiscal siga os trâmites legais e seja fundamentada em bases sólidas. É um instrumento importante para assegurar que a cobrança fiscal seja justa e esteja de acordo com a lei, evitando constrições patrimoniais indevidas.

 

 

 

11.5 Despesas do processo

 

11.6 Gratuidade de justiça

 

11.7 Legitimado ativo

 

11.8 Legitimado passivo

 

11.9 Provas

 

Em uma exceção de pré-executividade, que é um procedimento utilizado para questionar a validade da execução fiscal, as provas geralmente incluem documentos que demonstrem a existência de vícios ou irregularidades na execução. As principais provas usadas nesse contexto podem incluir:

  1. Documentos Contratuais: Contratos, faturas, notas fiscais, e outros documentos relacionados à relação comercial entre o devedor e o credor podem ser usados para questionar a base da execução.
  2. Certidões: Certidões que atestem a regularidade fiscal do devedor, como certidões negativas de débitos, podem ser apresentadas como prova de que não há motivo para a execução fiscal.
  3. Comprovantes de Pagamento: Se o devedor alega que já efetuou o pagamento da dívida, comprovantes de pagamento, extratos bancários e recibos podem ser usados como prova.
  4. Prescrição ou Decadência: Documentos que evidenciem que a dívida prescreveu (passou muito tempo) ou decaiu (perdeu o direito de ser cobrada) podem ser apresentados.
  5. Ilegitimidade ou Falta de Pressupostos Processuais: Documentos que demonstrem que a execução foi iniciada contra a parte errada (ilegitimidade) ou que faltam requisitos processuais para a execução podem ser utilizados.
  6. Outras Provas Documentais: Qualquer documento que comprove as alegações do devedor quanto a vícios na execução pode ser apresentado como prova.

É importante destacar que a exceção de pré-executividade é um procedimento que visa questionar questões de ordem pública e que não exige a produção de provas em audiência. Portanto, as provas apresentadas devem ser documentais e pré-constituídas, ou seja, já existentes antes da exceção de pré-executividade ser apresentada.

Além disso, a admissibilidade e o uso de provas podem variar de acordo com a legislação e a jurisprudência aplicáveis em cada jurisdição. Portanto, é importante consultar um advogado especializado para orientação específica em casos concretos.

 

 

11.10 Etapas do processo

 

As etapas de uma exceção de pré-executividade, que é um procedimento utilizado no âmbito da execução fiscal para questionar questões de ordem pública sem a necessidade do pagamento de custas, são as seguintes:

  1. Petição Inicial: O devedor, por meio de seu advogado, apresenta uma petição inicial da exceção de pré-executividade perante o juízo competente.
  2. Alegação de Vícios: Na petição, o devedor alega os vícios ou irregularidades que afetam a validade da execução fiscal. Isso pode incluir questões como prescrição, decadência, falta de pressupostos processuais, ilegitimidade das partes, entre outras.
  3. Fundamentação Jurídica: É essencial que a exceção de pré-executividade seja fundamentada juridicamente, ou seja, que o devedor explique por que os vícios alegados tornam a execução fiscal inválida.
  4. Documentação de Comprovação: O devedor pode anexar documentos que comprovem as alegações de vícios na execução fiscal. Isso pode incluir cópias de documentos, certidões, entre outros.
  5. Decisão Judicial: O juiz analisa a exceção de pré-executividade e decide se acolhe ou rejeita as alegações do devedor. Se acolher, a execução fiscal pode ser extinta ou suspensa até que as questões alegadas sejam resolvidas.
  6. Recurso: Caso o juiz rejeite a exceção de pré-executividade, o devedor pode recorrer da decisão, buscando a revisão por instâncias superiores.
  7. Andamento do Processo: Se a exceção de pré-executividade for acolhida e a execução fiscal for extinta, o processo segue conforme a decisão judicial. Caso seja rejeitada, a execução fiscal continua seu curso normal.

É importante destacar que a exceção de pré-executividade é um instrumento que visa proteger os direitos do devedor, permitindo que ele questione questões de ordem pública de forma célere e sem a necessidade de produção de provas em audiência. A decisão do juiz nesse procedimento pode influenciar significativamente o curso da execução fiscal.

 

 

11.11 Legislação

 

 

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